sexta-feira, 3 de julho de 2009

Coelce testa internet via rede elétrica...


"BANDA LARGA NA TOMADA"


Regulamentada pela Anatel, a tecnologia de acesso em banda larga via rede elétrica já está em teste no Ceará


A tecnologia de acesso à internet através da rede de energia elétrica, autorizada este mês pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), já está em teste no Ceará. A Coelce, concessionária do setor elétrico no Estado, está realizando testes com a tecnologia PLC (Power Line Communication) ou BPL (Broadband over Power Lines), que permite ao usuário conectar-se à internet em alta velocidade através das tomadas da rede elétrica em sua residência ou local de trabalho.
Quando o serviço estiver disponível, para acessar a internet via rede elétrica, será necessário apenas um modem para captar o sinal da rede em qualquer ponto de energia. A rede elétrica cobre 95% da população nacional. No Ceará, a Coelce é responsável por 98% da cobertura de energia elétrica. Assim, com a tecnologia PLC, a internet em banda larga será acessível a praticamente toda a população.
Segundo Roberto Gentil, responsável pela área de Planejamento e Engenharia da Coelce, onde nasceu o projeto-piloto para implantação dessa tecnologia no Ceará, o projeto ainda ‘‘está muito embrionário’’. Por isso, o engenheiro explica que ainda não há previsão de data para início de operação do serviço para o usuário doméstico, nem informação sobre o custo ou velocidade da conexão. Mas, para Gentil, a expectativa em termos gerais é de que esse tipo de acesso comece a se tornar realidade no país a partir do próximo ano.
Os testes no Ceará estão sendo realizados em Fortaleza, na avenida Beira-Mar, onde foram instaladas câmeras de monitoramento da via pública. O serviço é fornecido gratuitamente à Ciops (Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança), que acessa as imagens e as informações das câmeras através da tecnologia PLC. Além desta aplicação, a Coelce também pretende testar conexões de internet banda larga sem fio (Wi-Fi) com dois grandes clientes localizados naquela área e criar um ponto de atendimento ao cliente, tudo tendo como infra-estrutura de comunicação a rede PLC. Roberto Gentil explica que, como as redes elétricas em fase de teste são de baixa tensão, não contínuas, sua interligação será feita por cabos de fibra ótica.

Monte sua rede
A tecnologia PLC não é novidade, já que há muito tempo ela foi desenvolvida, mas só agora está liberada no Brasil para uso comercial. Enquanto o serviço não vem pela rede da Coelce, o usuário pode tirar proveito dessa tecnologia se quiser distribuir o sinal da internet de um provedor de banda larga — como o Velox, por exemplo — pelos cômodos de sua casa, sem precisar quebrar paredes ou passar fios entre os ambientes.
Já são vendidos em lojas de informática os adaptadores (chamados de ‘‘bridges’’, ou ‘‘pontes’’) que são plugados na tomada de energia e aos quais podem ser conectados os computadores que terão acesso à rede doméstica. Na edição de 17 de setembro de 2007, o Tecnoguia do Diário do Nordeste publicou um teste com os primeiros dispositivos disponíveis no mercado local para acesso à internet pela rede elétrica residencial. O aparelho testado foi o kit Duo-Pack PLC, que vem com dois adaptadores PLC, da marca Plug-Facil, vendido à época por R$ 389.
A instalação dos dois adaptadores é fácil, um processo ‘‘plug-and-play’’ em que basta plugar o dispositivo na rede elétrica (de 110 a 220 V) e conectá-lo à placa de rede do PC. ‘‘As duas bridges estão em cross-over, o que dispensa a utilização de um switch para ligar micro a micro. Ou seja, basta ligar as duas às tomadas e às placas de rede dos micros e eles estarão se comunicando’’, explicou o consultor de informática Marcos Monteiro.
A conexão via PLC oferece alta velocidade de transmissão dos dados, comparável a outras opções de conexão disponíveis. Enquanto a velocidade da rede cabeada convencional é de 100 Mbps e da rede sem fio Wi-Fi é de 54 Mbps, para os dispositivos PLC Plug-Facil ela é de 56Mbps. Mas, no acesso à internet, tudo vai depender da velocidade do provedor.

Em que tipo de soluções pode ser usado o PLDC, o Power Line Data Comunication (Comunicação de dados via rede elétrica)?

O equipamento pode ser usado para interligar computadores ou em sistemas de automação. A solução atende, a princípio, a uma das demandas das concessionárias de distribuição de energia elétrica, que é a automação da leitura dos relógios medidores de consumo.

Qual o custo dessa placa?

Ela será produzida em série?O custo do modem é de R$ 200. Ele será produzido em série pela ATI (empresa de telecomunicações situada em Belo Horizonte) e disponibilizado no mercado no prazo de dois anos, por cerca de R$ 600. Esse modem ainda não é produto de massa, quando se popularizar, o preço vai cair.

Qual é a velocidade de comunicação de dados desse modem?

Esse protótipo permite uma velocidade de 9.600 bps até um quilômetro de distância. Se houver grande tráfego de dados, como é o caso da internet, o ideal é que as velocidades sejam maiores.


Qual é a distância necessária entre transmissor e receptor para que os dados trafeguem?

O protótipo desenvolvido em Juiz de Fora comunica-se bem até um quilômetro de distância com velocidade 9.600 bps (numa rede elétrica pouco carregada).

Mas essa velocidade pode ser ampliada e possibilitar o acesso internet com qualidade?

Sim. As pesquisas apontam nesse sentido.

Como seria a interligação do aparelho com a estrutura do provedor?

Haverá necessidade de estrutura mista para interligar a rede elétrica ao provedor. Os cabos da rede elétrica seriam reunidos num central até um 1 quilômetro de distância do modem e de lá seria conectada com o provedor através de outra mídia, fibra óptica por exemplo. Essa estrutura pode assegurar a velocidade na transmissão de dados.

Quem vai comercializá-lo? As concessionárias de eletricidade, os provedores ou as lojas de equipamento de informática ?

Isso ainda não foi definido.

Quanto o aparelho consome de energia em uma hora?

Consome muito pouco. Cerca de 25 watts por hora.

Há necessidade de algum adaptador ou de alguma instalação especial na rede elétrica?

O modem PLDC comunica-se pela porta serial de um micro computador convencional (a mesma que serve de conexão para impressoras e scanners) e é ligado à tomada de energia elétrica. O mesmo canal onde trafegam os sinais elétricos acontece a comunicação de dados.

É compatível com qualquer tipo de computador? Pode ser ligado em computadores em rede?

Ele se adapta a qualquer plataforma e pode ser ligado a uma rede de computadores. Há possibilidade de mais de 43 milhões e endereçamentos diferentes numa rede. E isso não afeta a velocidade.

Mas essa velocidade pode ser ampliada e possibilitar o acesso internet com qualidade?

Sim. As pesquisas apontam nesse sentido.

Quem vai comercializá-lo? As concessionárias de eletricidade, os provedores ou as lojas de equipamento de informática ?

Isso ainda não foi definido.

Quanto o aparelho consome de energia em uma hora?

Consome muito pouco. Cerca de 25 watts por hora.

Há necessidade de algum adaptador ou de alguma instalação especial na rede elétrica?

O modem PLDC comunica-se pela porta serial de um micro computador convencional (a mesma que serve de conexão para impressoras e scanners) e é ligado à tomada de energia elétrica. O mesmo canal onde trafegam os sinais elétricos acontece a comunicação de dados.

As concessionárias de energia elétrica cobrariam alguma taxa por esse serviço? Afinal o dados trafegariam por sua rede?

As concessionárias de energia elétrica podem explorar comercialmente o meio físico.

É possível estabelecer alguma analogia entre a transmissão pela rede elétrica e a rede telefônica? O meio físico é semelhante já que os cabos usados também são parmetálicos, mas a modulação que se usa para trafegar dados na rede elétrica tem que ser aprimorada, devido a enorme quantidade de ruídos. A qualidade da conexão do sistema desenvolvido aqui é semelhante à internet via telefone, mas pode estar sujeita a mais interferência se não for modulada. A rede elétrica não foi criada para trafegar dados, mas o uso um sistema de modulação pode minimizar tais problemas.

Qual é o princípio técnico da transmissão de dados?

É através de algum sinal de freqüência específica?A tecnologia usada é Spread Spectrum Carrier (portadora com espectro espalhado), ou seja, os dados são enviados em várias freqüências diferentes, o que permite a reconstrução do sinal no receptor, apesar da interferência do ruído. Pode sofrer distorções que mesmo assim vai conseguir ser identificado na outra ponta. Diferente do telefone cuja freqüência é única.


Esse modem pode causar interferência em algum outro aparelho elétrico?

Ainda não foram feitos testes, mas podem acontecer interferências em outros aparelhos domésticos. É mais uma variável a ser observada.

É necessário algum equipamento de roteamento na rede elétrica?

o há necessidade de roteadores para direcionar a entrega dos dados. No provedor sim, mas na rede elétrica não. Temos que pensar que, no caso da rede elétrica estamos trabalhando com rede local.

Tomando Juiz de Fora como exemplo. Existem dois grandes circuitos alimentando a cidade. Uma subestação alimenta o setor da Rua Espírito Santo para Zona Sul, e outro da Espírito Santo para a Zona Norte. É possível interligar duas residências situadas em setores diferentes, sabendo que há duas subestações rebaixadoras de tensão (138K volts para 23K volts) entre elas?Daria para interligar se houvesse uma mídia diferente (fibra óptica por exemplo) para integrá-las. Seria necessário uma central, a própria subestação, para converter os sinais, interligando toda a rede, permitindo assim a transmisssão de dados sem nenhuma interrupção.

7 comentários:

  1. quando passarei a ter acesso a esse novo sistema d nternet?

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  2. A brasil telecon lança em setembro a internet via rede elétrica de até 200 mega. A Coelce vai ficar para trás???

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  3. Quando estará disponível no Ceará através da coelce? Sera que vai de imediato atender a todo oestado? Moro em Caio Prado, distrito de Itapiúna-Ce. Meu Blog: Diário on-line de Caio Prado, www.everardocaioprado.blogspot.com

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  4. Não acho que a coelce terá a coragem de fornecer internet ao povão, sim, porque, onde estiver um ponto de luz, chegará a internet. E, tem mais, nao vão pensando que tudo isso será ''um mar de rosas'', que não será mesmo, sabe por que? Porque estamos em País chamado Brasil, onde a GANANCIA, CORRUPÇÃO está em primeiro lugar no TOP.

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  5. Não acho que a coelce terá a coragem de fornecer internet ao povão, sim, porque, onde estiver um ponto de luz, chegará a internet. E, tem mais, nao vão pensando que tudo isso será ''um mar de rosas'', que não será mesmo, sabe por que? Porque estamos em um País chamado Brasil, onde a GANANCIA, CORRUPÇÃO está em primeiro lugar no TOP.

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  6. espero q seja vantajoso e barato pra todos;

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  7. a coelce, já vem testando já a algum tempo, como piloto esse projeto, lá ''pras bandas da Beira Mar''. O tempo já é mais do o suficiente para dizer, se ''isso'' realmente funcionará ou não. Acredito, que, o que realmente está faltando é a maneira de como roubarão '' O POVÃO''. É por isso que ainda não saiu do PILOTO. Quando estiver funcionando, Serei o primeiro a testar isso aí, para ver se realmente valerá a pena.

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